sábado, 5 de setembro de 2009

LINGUAGENS DO AMOR.

Meus queridos leitores e leitoras, estamos construindo um vínculo que me permite tratá-los assim, carinhosamente. A certeza dessa amizade tem vindo até mim através das mais diferentes pessoas, que com esse mesmo carinho agradecem, elogiam, comentam algo que as tocou direta e profundamente, algo que serviu para outra pessoa e foi recomendada, de alguém que recortou o artigo do jornal e pregou no local de trabalho para que todos refletissem, e até de pessoas que passaram a dar uma importância especial aos jornais de sábado porque buscam algo que as façam pensar, olhar para suas próprias emoções e entender melhor os sentimentos e limitações de outras pessoas.
Recebi e-mails, telefonemas, recados pelo Orkut, mas os que chegam pessoalmente trazem também seus abraços, apertos de mãos calorosos, beijos, e uma chuva de coisas boas que nutrem e fazem brotar as sementes da minha poética a serviço da vida. Por tudo isso, agradeço com o coração transbordando alegria.
E nos momentos que meu sentimento é gratidão, percebo que nenhuma insatisfação, nenhum medo, pensamento derrotista ou dor de alma passam perto de mim. Sinto-me em paz comigo, com Deus e com o mundo.
É aquele sentimento de aprovação, aceitação, amor. Isso porque aprendemos que para sermos amadas temos que ser aprovadas, admiradas e importantes. E o amor tem tantas linguagens que às vezes não conseguimos decodificar. Mas a linguagem de amor que todos conhecem é o reconhecimento da importância da nossa vida na vida das outras pessoas. E isso, precisamos dizer, demonstrar nas pequenas atitudes do dia a dia, nas datas especiais onde nos é permitido o forte abraço, as palavras carinhosas, os cartões contendo palavras que nunca conseguimos dizer pessoalmente, os presentes que escolhemos com cuidado para agradar, a solidariedade nas dores, o acolhimento no desespero.
Perseguimos o amor, sofremos quando nos sentimos rejeitados, tememos perder a aceitação das pessoas que são importantes para nós. Temos medo da solidão e do abandono. Medos primários que se repetem a vida toda com maior ou menor intensidade porque sem o outro, não somos ninguém, são as pessoas que nos dão a referência de quem somos. A timidez nada mais é que o medo do contato com o outro, o medo da não aceitação, do sentimento de exclusão e rejeição. O sentimento de pertinência promove segurança, aconchego e alegria.
A pedagogia da punição e do pecado e a ilusão de um ser ‘ideal, perfeito’, são as grandes responsáveis pelos sentimentos de inferioridade, incapacidade e culpa que se encontram como pano de fundo na vida daquelas pessoas que não se sentem merecedoras do amor, do sucesso, da abundância e da felicidade, e por isso vivem boicotando, de forma inconsciente, todas as boas oportunidades que a vida oferece.
Vamos lançar nosso olhar para dentro... Qual é o padrão de pensamentos e sentimentos que se repetem em nossas vidas sem que tenhamos controle? É preciso identificar as emoções que se apossam da nossa alma em defesa do ego, para que possamos nos separar delas. Precisamos conhecer o que nos limita de sermos mais felizes e plenos, para nos autorizarmos a realizar os sonhos que acalentamos, para fazermos escolhas mais conscientes e saudáveis. Carecemos de uma boa dose de amor pessoal para nos aceitarmos com todos os erros que já cometemos e os que ainda iremos cometer. Reconhecer nossos próprios talentos e elogiar os talentos alheios para fazê-los crescerem, é alimentar o lado criativo e amoroso do ser humano, é um incentivo para que se coloque os dons a serviço da evolução da humanidade.
Praticar a linguagem do amor generoso, do amor que liberta e alimenta, é o exercício mais gratificante e construtivo da existência. Ser gentil com as pessoas e com o planeta, sentir-se responsável pela paz nas relações e pela evolução pessoal e coletiva dá sentido e importância à nossa vida.
Onde reina o amor, a coragem é maior que o medo, a gratidão sana toda insatisfação e a felicidade é um sonho possível.

Joana Carolina Paro

Um comentário:

  1. Oi Joana, aqui está um outro que gostou muito de te conhecer...é muito bom tê-los aqui,sobretudo, trazendo alegria e cultura para aqueles desmnaturados.

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